quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Última Loucura de Mel Brooks (Silent Movie, 1976)


 Mel Funn costumava ser um dos maiores diretores de Hollywood, mas seu gosto pela bebida destruiu sua carreira. Para se reerguer, Funn - acompanhado de dois fiéis funcionários (Dom DeLuise e Marty Feldman) - oferece a um grande estúdio sua mais recente ideia genial: um filme mudo.

Loucura, claro, todos dizem. Afinal, quem faz filmes mudos hoje em dia? Para viabilizar sua ideia - e ajudar a salvar o estúdio, que corre o risco de ser incorporado por um maléfico conglomerado - Funn resolve convidar alguns dos maiores astros de Hollywood para o projeto. E assim temos participações especiais de Burt Reynolds, James Caan, Paul Newman, Anne Bancroft (esposa de Mel Brooks), Liza Minelli e até do mímico Marcel Marceau. Numa saborosa ironia, aliás, Marceau tem a única fala com som no filme todo.

Este fiapo de história - Funn tentando produzir seu filme, os executivos da Engulf & Devour correndo atrás para impedi-lo - serve para que Mel Brooks faça um verdadeiro filme mudo, como só a sua mente cômica brilhante poderia conceber. As situações são típicas do que Chaplin e outros mestres exploravam, num perfeito tributo ao início do cinema realizado em plenos anos 70. Os puristas podem reclamar do fato do filme ser colorido, mas nem isso diminui charme da homenagem.

A lamentar, só o esdrúxulo título em português. Infelizmente, traduções canhestras foram uma constante durante toda a carreira de Brooks.

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