segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Salt (2010)


Salt foi anunciado como uma revolução que ele nem de longe era. Um filme de ação estrelado por uma mulher pode ser incomum, mas não é nenhuma mosca branca. Temos séries como Alien e Exterminador do Futuro, e a própria Angelina Jolie já estrelou a série Tomb Raider.

É bem provável que o filme se apresente com esse falso diferencial para nos fazer perdoar sua falta de coerência. A trama - uma datada bobagem sobre espiões russos infiltrados na sociedade americana - não convence desde a proposição, e fica mais e mais implausível a cada plot twist, nenhum deles explicado ou explorado a fundo. (Pra ficar na primeira cena do filme, é muito difícil acreditar que uma denúncia feita em tom de deboche por um russo que mal fala inglês levaria a CIA a perseguir uma de suas melhores agentes.)

E só piora a partir daí. Os atos da personagem de Angelina são tão extremos e aleatórios que nunca fica claro quais são suas verdadeiras motivações - observadores mais atentos perceberão que ela não mata nenhum americano em todo o filme, mas isso não ajuda muito a explicar as coisas. E o final, uma tentativa de deixar um gancho para uma continuação, consegue ser o maior WTF do ano. Passem longe deste aqui, pessoal.

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