No início dos anos 30, John Dillinger (Johnny Depp) e sua gangue roubam bancos em uma época situada pouco após a grande depressão da crise de 1929. Exalando charme, Dillinger conquista a todos ao seu redor, desde seus amigos de roubo até Billie Frechette (Marion Cotillard), sua namorada que via em suas loucas fugas, uma nova forma de se viver, com muita emoção. Melvin Purvis (Christian Bale), é o policial designado por J. Edgar Hoover (Billy Crudup) para dar um fim ao atos de Dillinger.
Michael Mann é um gênio por trás das câmeras, depois do maravilhoso “Fogo Contra Fogo”, eu não deixo nenhum de seus filmes passar em branco. A reconstituição de época de Inimigos públicos é primorosa, os cenários e figurinos são dignos de Oscar. Mann é um mestre em cenas de tiroteio e não faz diferente aqui, com um estilo de filmagem aproximado do handicam e não usando trilha sonora, ele coloca o espectador dentro da ação.
Johnny Depp está mais contido em sua caracterização, coisa que não tem feito ultimamente em seus papéis fantásticos. Não se consegue ter uma afinidade pelo personagem de Bale, nada se fala sobre sua vida, o que podemos ver sobre ele é só sua incansável busca pelo famoso ladrão de bancos. O elenco conta com coadjuvantes de luxo, como Stephen Dorff, Stephen Graham, Lili Taylor, Leelee Sobieski e não posso esquecer a maravilhosa Marion Cotillard, que depois de vencer o Oscar de melhor atriz por “Piaf – Um Hino ao Amor” entrou para o Cinemão Hollywoodiano sem perder a ternura. Aconselho ir atrás das obras anteriores do Michael Mann, O ÚItimos dos Moicanos, Fogo Contra Fogo, O Informante, Colateral, Ali e Miami Vice, depois deguste essa maravilhosa reconstituição de uma época em que os EUA declararam seu primeiro inimigo público e criaram o departamento de investigação que hoje é chamado de FBI.
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