quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds, 2009)



"Estamos aqui para fazer uma coisa, e só pra isso: matar nazistas."

Não é à toa que os filmes de Quentin Tarantino são sempre ansiosamente aguardados pelos cinéfilos. Diálogos afiados, atuações soberbas, produção caprichada e trilha sonora recheada de pérolas são constantes na carreira do maluco de Knoxville, Tennessee - e todas essas constantes aparecem em destaque aqui.

O roteiro lembra Pulp Fiction, obra-prima do diretor, não só pela violência mas principalmente pelas múltiplas tramas paralelas se entrecortando em diferentes momentos - assim como a divisão em capítulos, outra constante tarantinesca. Temos o grupo soldados americanos que dá nome, composto por judeus especializados em matar e escalpelar nazistas, liderados pelo tenente Aldo Raine (Brad Pitt) e seu fiel escudeiro Donny Donowitz (Eli Roth), especialista em esmagar crânios com um taco de beisebol,; a jovem Shoshana (Mélanie Laurent), judia cuja família é morta pelos homens de Hans Landa (Christoph Waltz), coronel da SS conhecido como "Caçador de Judeus"; o plano britânico para explodir um cinema repleto de nazistas na pré-estreia do mais novo filme do chanceler Joseph Goebbels (Sylvester Groth)...a brincadeira é ver como essas histórias se desenvolvem e se entremeiam em um só final - com várias incorreções históricas, mas quem liga?

Christoph Waltz e seu Landa, um adorável vilão, são talvez o melhor do filme, mas é impossível não destacar o deliciosamente canastrão Brad Pitt (os dois, aliás, dialogam em italiano numa cena memorável), a breve e algo surpreendente participação de Mike "Dr. Evil" Myers e a nova roupagem que Tarantino conseguiu dar a um dos assuntos mais abordados na história do cinema. E detalhe que o filme é falado em QUATRO idiomas...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

WALL-E (2008)


Responda rápido: quando foi que a Pixar fez um filme ruim?

A resposta-padrão a essa pergunta é "nunca", ainda que alguns lembrem de um ou outro projeto que lhes desagradou. Mas não tem jeito: as produções do estúdio que por muito tempo carregou a Disney nas costas são sinônimo de clássicos instantâneos. E, se me permite, eles se superaram desta vez.

WALL-E se passa por volta do ano 2800, e conta a história de um adorável robozinho encarregado de limpar uma Terra tornada inabitável pelo excesso de sujeira acumulada ao longo dos séculos - mais em sintonia com estes dias ecologicamente corretos, impossível. Tendo uma amável barata (acredite) como fiel escudeira, nosso amável protagonista metálico passa os dias compactando lixo e recolhendo objetos, como cubos mágicos e talheres, numa espécie de memorial à humanidade.

Num belo dia, surge EVE, robô tão charmosa quando durona encarregada de vasculhar a superfície do planeta em busca de vida orgânica. Ao encontrar uma muda crescendo em meio ao grande deserto global, ela a recolhe e é chamada de volta à gigantesca estação espacial para onde a humanidade se mudou. Decidido a acompanhar a amada, WALL-E se infiltra na nave... e é aí que verdadeiramente começa sua aventura.

Enquanto WALL-E tenta reencontrar sua amada - e se torna uma espécie de líder dos demais robôs - o filme traz outra surpresa: séculos tendo tudo ao alcance das mãos transformaram a humanidade numa espécie obesa, acomodada em cadeiras flutuantes e interagindo apenas por software. Crítica sutil feito um brontossauro.

Felizmente, as desventuras de WALL-E a bordo da estação Axiom acabam despertando a humanidade de alguns passageiros...e do entediado capitão da nave, que resolve entrar na cruzada para levar todos de volta para casa.

O filme é tecnicamente primoroso (afinal, estamos falando da Pixar), quase fotorrealista em alguns momentos. Além disso, o roteiro inteligente surpreende desde as primeiras cenas, quando descobrimos que o que a princípio pareciam arranha-céus deteriorados na verdade são imensas pilhas de lixo compactado, e traz personagens surpreendentemente carismáticos.

Outro destaque são as várias boas longas cenas sem falas - o vôo espacial com um extintor de incêndio, as solitárias coletas de WALL-E e sua barata, o robozinho faxineiro, a onipresença de um conglomerado comercial que passou séculos poluindo a Terra e depois realizou sua evacuação. Filmaço, para parar o DVD e começar a reflexão.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Star Wars - Episódio III: A Vingança dos Sith (Star Wars Episode III: Revenge of the Sith, 2005)

Chegou o momento de responder a boa parte das perguntas que ecoaram durante décadas na cabeça dos fãs. Finalmente descobrimos a causa da dissolução do Conselho Jedi, vemos o chanceler Palpatine ser revelado como Lorde Sith e assumir o Império Galáctico e, mais importante, testemunhamos a transformação de Anakin Skywalker em Darth Vader. A cena que eu mais queria ver – Jar Jar Binks sendo feito em pedaços por algum vilão – infelizmente não está no filme, mas George Lucas teve o bom senso de mostrar o irritante orelhudo apenas como papel de parede (e, mais importante, de mantê-lo calado).

Como era de se esperar, a história do Episódio III não é do tipo "e todos viveram felizes para sempre": o futuro Darth Vader é seduzido pelo lado negro da Força, enquanto o novo Imperador usa seu poder para declarar guerra aos Jedi. Claro, como eu resumi duas horas de filme numa frase muita coisa ficou de fora: a visita de Yoda ao planeta dos Wookies, o vilão cibernético General Grievous, a espetacular luta entre Anakin e Obi-Wan Kenobi no final...

Só que nem só de mitologia e efeitos especiais vive um filme, mesmo sendo Guerra nas Estrelas, e aí é que mora o perigo. Todo mundo sabe que Lucas é bem melhor como criador do que como diretor, o que faz com que as atuações robóticas do elenco sejam relevadas por quem curte a série. (Mas por que raios ele nunca chamou seu velho amigo Steven Spielberg para dirigir algum dos episódios da série, Zarquon do céu?) Só que desta vez até o roteiro parece jogar contra em alguns momentos. O melhor exemplo é o jeito como a maioria das respostas aparecem atabalhoadas nos quinze minutos finais. Pô, num filme de duas horas não dava para dosar melhor as revelações?

Uma outra coisa que me chamou a atenção aparece quase no final do filme, quando Yoda e Obi-Wan estão conversando sobre Darth Vader e concordam que o novo Lorde Sith é "perigoso demais para continuar vivo". Não é uma conclusão violenta demais para um par de pacifistas? (Pacifistas com sabres de luz, sim, mas pacifistas.) E eu preferia mesmo ter saído do cinema sem ver o impiedoso e temível Darth Vader gritando "NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!!!!!!!!"...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Idiocracy (2006)


A evolução é comumente descrita por leigos como a sobrevivência dos melhores - o que, como qualquer biólogo poderá lhes dizer, não é verdade. Sobrevivem os mais adaptados ao ambiente, ou simplesmente aqueles que não têm predadores naturais.

Partindo dessa premissa, o diretor Mike Judge (criador de Beavis & Butt-Head) desenvolveu um roteiro extrapolando um fenômeno que já vemos no presente: enquanto as pessoas inteligentes têm cada vez menos filhos, os idiotas se multiplicam feito coelhos. Logo, o nível médio de inteligência da espécie humana tende a cair cada vez mais. E se chegarmos a um ponto em que a humanidade se torne tão estúpida que nossa sobrevivência esteja seriamente ameaçada?

Assim começa Idiocracy. Joe Bowers (Luke Wilson), o cara normal mais normal das Forças Armadas, é escolhido para uma experiência com criogenia: ele e uma prostituta chamada Rita - escolhida de acordo com os mesmos critérios de "indivíduo médio, do qual ninguém sentirá falta" - serão congelados por um ano. Ou assim seria se tudo desse certo, já que um escândalo faz com que o projeto seja esquecido e os dois passam quinhentos anos em estase criogênico.

Quando Joe desperta, em 2505, o mundo está à beira do caos: a tecnologia evoluiu, como seria de se esperar, mas a humanidade se tornou tão burra que não sabe usá-la. Por toda parte se vê imundície e publicidade - um dos personagens inclusive cita o nome de um patrocinador toda vez que termina uma frase. O idioma inglês se deteriorou até sobrar pouco além de gírias e palavrões, e por falar de forma minimamente coerente Joe é tido por todos como afetado. A água foi substituída por isotônico em todas as aplicações, inclusive na irrigação de lavouras, provocando uma falta de comida generalizada. Com o auxílio de Frito Pendejo, um advogado que mais atrapalha do que ajuda, Joe descobre que. neste futuro deteriorado, ele é o homem mais inteligente do mundo...a ponto do presidente (Terry Crews), um ex-ator pornô e astro da luta livre, encarregá-lo de resolver os problemas da nação.

O filme se destaca pelas piadas visuais, com sátiras mordazes à massificação da publicidade imbecilizante e da pornografia - basta dizer que neste futuro até a Starbucks virou um bordel. Recomendado para assistir pelo menos duas vezes, prestando atenção aos detalhes em segundo plano.

Nota: 4 SPs.

sábado, 15 de agosto de 2009

Inimigos Públicos (Public Enemies, 2009)


No início dos anos 30, John Dillinger (Johnny Depp) e sua gangue roubam bancos em uma época situada pouco após a grande depressão da crise de 1929. Exalando charme, Dillinger conquista a todos ao seu redor, desde seus amigos de roubo até Billie Frechette (Marion Cotillard), sua namorada que via em suas loucas fugas, uma nova forma de se viver, com muita emoção. Melvin Purvis (Christian Bale), é o policial designado por J. Edgar Hoover (Billy Crudup) para dar um fim ao atos de Dillinger.


Michael Mann é um gênio por trás das câmeras, depois do maravilhoso “Fogo Contra Fogo”, eu não deixo nenhum de seus filmes passar em branco. A reconstituição de época de Inimigos públicos é primorosa, os cenários e figurinos são dignos de Oscar. Mann é um mestre em cenas de tiroteio e não faz diferente aqui, com um estilo de filmagem aproximado do handicam e não usando trilha sonora, ele coloca o espectador dentro da ação.


Johnny Depp está mais contido em sua caracterização, coisa que não tem feito ultimamente em seus papéis fantásticos. Não se consegue ter uma afinidade pelo personagem de Bale, nada se fala sobre sua vida, o que podemos ver sobre ele é só sua incansável busca pelo famoso ladrão de bancos. O elenco conta com coadjuvantes de luxo, como Stephen Dorff, Stephen Graham, Lili Taylor, Leelee Sobieski e não posso esquecer a maravilhosa Marion Cotillard, que depois de vencer o Oscar de melhor atriz por “Piaf – Um Hino ao Amor” entrou para o Cinemão Hollywoodiano sem perder a ternura. Aconselho ir atrás das obras anteriores do Michael Mann, O ÚItimos dos Moicanos, Fogo Contra Fogo, O Informante, Colateral, Ali e Miami Vice, depois deguste essa maravilhosa reconstituição de uma época em que os EUA declararam seu primeiro inimigo público e criaram o departamento de investigação que hoje é chamado de FBI.


Nota: 4SPs

domingo, 9 de agosto de 2009

My Name is Bruce (não lançado no Brasil, 2007)

"Você não conhece o Inferno, garoto. Nunca trabalhou com Sam Raimi."

Pensou em filme B, pensou em Bruce Campbell. O ator - conhecido principalmente por estrelar a divertida trilogia Uma Noite Alucinante - tira sarro da própria fama neste My Name is Bruce, em que encarna uma versão ainda mais canastrona de si mesmo. O Campbell do filme trabalha em produções ainda mais trash do que as da vida real, e sofre morando num trailer apertado.

As coisas começam a mudar quando um fã o convoca para enfrentar o demônio chinês que assola uma pequena cidade e Campbell, achando que tudo é uma surpresa de seu agente, resolve encarar a briga. Ao saber que o perigo é real, porém, ele foge...mas a perspectiva de colocar um garoto em perigo (para não citar sua linda mãe) Bruce decide ser na vida real o herói que sempre foi na ficção.

Os fãs de Bruce Campbell sabem muito bem que o cara tem a grande qualidade de não se levar a sério. O resultado disso num projeto produzido, dirigido e estrelado por ele é um filme B orgulhoso disso, com direito a cantores country narrando a história, muito humor negro e sangue descaradamente falso - para não citar as hilárias metarreferências e os múltiplos papéis de Ted Raimi. Ideal para uma descompromissada tarde de diversão no sofá.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Os Infiltrados (The Departed, 2006)


“Eu não quero ser um produto do meio-ambiente. Eu quero que o meio-ambiente seja um produto meu.”


O filme começa com essa frase, que é dita por Frank Costello (Jack Nicholson), um mafioso irlandês que opera em Boston. Logo no começo do filme vai cobrar sua parte do faturamento de um dono de lanchonete, um garoto vê o acontecido com um misto de medo e fascinação. Mais tarde, já um homem, Colin Sullivan (Matt Damon), se torna o protegido de Frank e acompanhamos sua formação, aluno exemplar e dedicado, se forma policial e a mando de protetor é infiltrado na força policial da cidade.


Billy Costigan (Leonardo DiCaprio) também acaba de se tornar policial e devido ao histórico criminal de sua família, é escolhido por Oliver Queenan (Martin Sheen) para se infiltrar na gangue de Costello, agora eles tem que obter informações para seus respectivos chefes e quando a máfia e a polícia descobrem que existem traidores entres seus membros, tudo sai fora de controle.


Baseado em Conflitos Internos (Internal Affairs, 2002), Os Infiltrados é a primeira parceria entre Martin Scorsese e Jack Nicholson, que está brilhante, ao mesmo tempo engraçado e ameaçador. O elenco é predominantemente masculino com a presença de Alec Baldwin, Mark Wahlberg, Ray Winstone entre outros, onde o diretor consegue extrair o melhor de cada um. A longa duração da película, 152 min. não faz com que se perca o interesse, muito pelo contrário, ficamos ávidos pela próxima cena a cada take. Scorsese volta a explorar o mundo dos mafiosos e das gangues em que ele é mestre, como visto em Caminhos Perigosos, Cassino e Os Bons Companheiros. Sem dúvida alguma foi uma injustiça ele ter ganho o Oscar apenas com esse filme, mas ao contrário do que algumas pessoas dizem, foi muito justo, Os Infiltrados é uma obra prima de seu criador, além da história ser envolvente, os aspectos técnicos, como fotografia e edição, são deslumbrantes. Para mim foi o melhor filme de 2006 sem pestanejar.


Ganhou 4 Oscars, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição. Foi ainda indicado na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Mark Wahlberg).


Nota: 5 SPs


sábado, 25 de julho de 2009

Cliente Morto não Paga (Dead Men Don’t Wear Plaid, 1982)


Rigby Reardon (Steve Martin) é um detetive barato (cobra US$ 10,00 /dia mais despesas), em um belo dia está sentado em seu escritório esperando algo acontecer, quando chega Juliet Forrest (Rachel Ward). Ela está convencida que seu pai foi assassinado e oferece US$ 200,00 para que Rigby investigue. Ao investigar o escritório do Sr. Forrest, ele encontra uma lista com alguns nomes, denominada “amigos e inimigos de Carlotta”. Procurando respostas, o detetive se depara com mulheres e homens suspeitos.


Ambientado em um clima Noir (filmes policiais escuros e sombrios , geralmente da décadas de 40 e 50), este filme é um maravilhoso exercício de roteiro e montagem, unindo cenas dirigidas por Carl Reiner com Steve Martin intercaladas com as de antigos astros do cinema como Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Kirk Douglas, Vincent Price, Lana Turner, Burt Lancaster, Veronica Lake, Barbara Atanwyck, Bette Davis, e Joan Crawford em alguns do seguintes filmes: Alma Torturada, Uma Vida por um Fio, Farrapo Humano, Assassinos, À Beira do Abismo, No Silêncio da Noite, Prisioneiro do Passado, Suspeita, Interlúdio, O Destino Bate à sua Porta, Que o Céu Condene, A Estrada Proibida, Estranha Fascinação, Pacto de Sangue, Fúria Sanguinária, Acordes do Coração e Lábios que Escravizam.


O roteiro teve que ser feito sob medida para que as cenas antigas se encaixassem.Apesar do plot (Detetive investiga um assassinato, que seria um filme policial) Cliente Morto não paga é uma excelente comédia, mas não é para confundir com um deboche e sim uma homenagem aos filmes policiais antigos. Como sempre, Steve Martin está muito bom e Rachel Ward muito linda e sexy, assim como as antigas atrizes no decorrer do filme. É um filme engraçadíssimo que deve ser visto.


Nota: 4 SPs


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Presságio (Knowing, 2009)



No ano de 1959 em uma escola dos EUA, alunos desenham para mandar uma mensagem à alguém no futuro, seus trabalhos são colocados em uma cápsula e enterrados na escola. Lucinda, escreve centenas de números ao invés de desenhar, só de olhar para ela, sabemos que ela tem algum problema.


Em 2009, o astrofísico John Koestler (Nicolas Cage) e seu filho tentam lidar com a morte de sua esposa. Quando desenterram a cápsula, cada aluno pega um desenho, Caleb Koestler (Chandler Canterbury) pega um folha cheia de números. Mais tarde em sua casa, John vê a folha e começa a notar um padrão que condiz com datas e uma certa quantidade, ao pesquisar na internet, descobre que são datas de grandes tragédias e a quantidade de vítimas fatais, e além disso, três acidentes estão prestes a acontecer nos próximos dias.


Desesperado, leva sua teoria à um amigo, que o desacredita. Ao procurar pela garota que escreveu os números, descobre que ela é falecida, mas tenta contato com sua filha, Diana. Ao contar o que descobriu, Diana Wayland (Rose Byrne) fica furiosa e se recusa a acreditar, até que outra tragédia acontece.


Alex Proyas, vindo de “O Corvo”, “Cidade das Sombras” e “Eu, Robô”, se utiliza do clima dark e da ficção científica para nos ambientar nessa narrativa por vezes angustiante e de tensão constante. A performance de Nicolas Cage vem sendo afetada em seus últimos trabalhos, como em Perigo em Bangkok, O Sacrifício e O Vidente, até mesmo pela qualidade sofrível desses roteiros, seguindo nessa carreira de altos e baixos, a atuação de Cage em Presságio fica num meio termo em relação a isso, não é uma obra prima, mas também não compromete, o espectador sente que ele só vive para cuidar do filho, é um personagem totalmente depressivo e apavorado com que está por vir. O elenco de coadjuvantes é muito bom, as crianças alternam momentos entre o medo e o confuso, onde não tem idéia do que acontece. É sempre bom ter em mente que se trata de um filme de ficção científica, com todos seus elementos fantásticos. Uma coisa a ser salientada na película, é o apuro visual, ambientado no outono, torna o clima mais frio, e é bom dizer que os efeitos especiais estão muito bons, as sequências do avião caindo na rodovia, o metrô saindo dos trilhos e a inevitável cena final, são um colírio para os olhos. Confesso que não esperava nada desse filme por trauma dos últimos trabalhos do ator principal, mas como adoro os outros filmes do diretor, dei uma chance e me surpreendi, gostei muito e me mantive ligado durante as duas horas de projeção. Espero que Nicolas Cage escolha melhor seus projetos daqui em diante e que Proyas continue nos presenteando com filmes desse tipo.


Nota 4 SPs

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O Bebê de Rosemary (Rosemary’s Baby, 1968)


Rosemary (Mia Farrow) e seu marido Guy (John Cassavetes), um ator desempregado, se mudam para um novo prédio. Logo começam a ter amizade com um casal de idosos, Minnie (Ruth Gordon) e Roman Castevet (Sidney Blackmer) que faz de tudo para entrar na privacidade do casal. Rosemary os acha um tanto estranhos e quer manter distância, enquanto seu marido está cada vez mais próximo deles.


Logo ela engravida e seu marido começa a ter muito sucesso, desconfiada de que seus vizinhos e seu marido estão relacionados à forças ocultas, pede ajuda e é dada como louca, pois todos conhecem o casal Castevet e não deixam Rosemary ir além com suas especulações. Ela tenta ficar lúcida até o dia em que descobre que seu filho não é de Guy e sim do demônio.


Dirigido por Roman Polanski em seu primeiro trabalho americano, O Bebê de Rosemary é um suspense claustrofóbico e intenso, a maioria das cenas se passa num apartamento, e mesmo em uma cidade tão grande como New York, a personagem fica fadada a não ter lugar nenhum para fugir, todos estão do lado do mal. O filme é um clássico do gênero terror, ao lado de A Profecia e O Exorcista, em que o terror é mais psicológico que explícito. O elenco está muito bem, com grande destaque à Mia Farrow que nos faz sentir sua agonia a cada segundo da película, John Cassavetes é sempre ótimo e Ruth Gordon que interpreta a senhora Castevet, ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante. O edifício onde foram realizadas as filmagens, foi o mesmo prédio onde John Lennon foi assassinado e um ano depois do lançamento do filme, Sharon Tate, esposa do diretor, foi assassinada pelos discípulos de Charles Manson, que dizia que matava inspirado nas músicas dos Beatles, enfim, esses clássicos do terror tem muita histórias a serem contadas. Recomendado para quem gosta de pensar um pouco e quer se assustar de verdade.


Ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Ruth Gordon), sendo ainda indicado na categoria de Melhor Roteiro Adaptado.


Nota: 5 SPs


sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Grande Dragão Branco (Bloodsport, 1988)

O filme começa mostrando o treinamento de vários lutadores, cada um no seu país, cada um com sua técnica. Frank Dux (Jean-Claude Van Damme), é um militar que dá um jeito de escapar dos olhos de seus superiores para participar de um torneio secreto em Hong Kong, o Kumite. Antes de ir, Frank vai a casa de seu mestre, que se encontra muito doente, e lá esse se lembra de seu treinamento. Quando pequeno, Dux invadiu a casa de Tanaka, um Sr. Que foi aos EUA para cultivar suas plantas. Como forma de reparar o dano, Frank ajuda Tanaka a treinar deu filho até o dia em que ele salva o rapaz de levar uma surra na escola, aí ele decide treinar de verdade.


Em Hong Kong, Frank conhece Ray Jackson, que também está lá para lutar, em pouco tempo uma grande amizade toma forma. Em meio à competição, Dux tem que fugir de dois policiais (um deles é Forest Whitaker) que estão à sua procura e encarar uma curiosa repórter que quer saber detalhes sobre o torneio secreto. No Kumite, não há espaço para os fracos, a cada luta só o melhor prevalece e Frank sabe que a derradeira luta entre ele e o atual campeão vai acontecer.


Esse foi o primeiro filme que vi no cinema, lá em 1989, lembro que saí todo empolgado para aprender Karatê e virar um Van Damme da vida... Assistindo hoje em dia, é claro que eu sei que a atuação de Jean Claude é sofrível, que o roteiro é patético, diálogos, coadjuvantes, tudo é ruim, mas vou dizer, depois de 20 anos ainda empolga, mesmo sabendo cada gesto dos atores, ainda me vi com os olhos grudados na tela à espera da próxima cena. É o filme precursor de filmes e games de luta nos anos 90 e tem cenas antológicas que estão no consciente coletivo de todos, como a que Dux tem que quebrar o último tijolo da pilha para entrar no campeonato ou Chong Li jogando um comprimido espremido em seus olhos para cegá-lo. É baseado em fatos reais da vida de Frank Dux que quebrou e mantém alguns recordes mundiais. Se o que você procura é uma boa dose de pancadaria, esse é o filme certo.


Nota: 4 SPs


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Janela Indiscreta (Rear Window, 1954)


L.B. Jefferies (James Stewart) está com a perna engessada, fotógrafo famoso, se sente enclausurado em casa sem ter o que fazer em um verão escaldante. Para amenizar seu tédio, fica observando seus vizinhos dos prédios em frente ao seu o dia todo. Lisa (Grace Kelly), sua namorada, quer casar, mas ele está sempre arrumando um jeito de fugir.


Seus vizinhos formam uma galerias de personas diferentes entre sí, um músico solitário, um casal que ama seu cachorro, a dançarina, a solitária deprimida... ao observar uma mulher deficiente, nota que seu marido a trata com desdém, até um dia perceber um comportamento estranho de sua parte, na madrugada, o homem sai com sua maleta e ao voltar, a limpa com muito cuidado... um baú é despachado e sua mulher viaja de repente.


Jeff chama seu amigo Doyle para que investigue, até mesmo comenta com Lisa e sua empregada, mas todos não acreditam. Lisa começa a concordar com suas suposições e decide ajudá-lo na investigação. Cada dia mais obcecado para descobrir a verdade, mas sem poder sair de sua casa para tal, ele conta com sua namorada e sua empregada para descobrir se o Sr. Thorwald é realmente um assassino.


Esse é mais um grande exemplar da filmografia do “Mestre do Suspense” Alfred Hitchcock e de como ele nos entrega todo o jogo e cria situações para que fiquemos apreensivos até o fim. A premissa de Janela Indiscreta foi bem encaixada à sua época, porém não serviria para os dias atuais, afinal, um adulto entediado tem televisão e internet para se distrair, além das janelas que estão o tempo todo abertas, hoje estariam fechadas com um aparelho de ar condicionado no ambiente.


Em mais uma de suas clássicas aparições, Alfred Hitchcock aparece aos 26 minutos, ajustando o relógio do músico do prédio da frente de Jeff. Recebeu 4 indicações ao Oscar: Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia A Cores e Melhor Som.


Nota: 5 SPs.


Sintonia de Amor (Sleepless in Seattle, 1993)


Sam Baldwin (Tom Hanks) é viúvo e vive com um filho Jonah (Ross Malinger) em Seattle. Um dia Jonah resolve ligar para um programa sobre relacionamentos no rádio e faz seu pai falar sobre sua situação amorosa e o quanto amava sua falecida esposa. Annie (Meg Ryan) está viajando e ouve o programa no carro emocionada. Ela tem um noivo e não está muito feliz.


Sam recebe milhares de cartas de mulheres de todo os EUA, mas não dá muita atenção. Annie está cada vez mais convicta que deve procurá-lo, ela e sua amiga assistem várias vezes o filme “Tarde Demais para Esquecer” cuja trágica estória de amor é uma inspiração para seu caso. Jonah lê a carta de Annie e quer que seu pai a conheça no dia dos namorados no alto do Empire State Building. Annie até que chega à procurar Sam, mas na última hora resolve dar mais uma chance ao seu noivado. Um dia Jonah vai a NY sozinho, forçando seu pai a ir ao seu encontro no famoso prédio.


Primeiro filme dirigido por Norah Ephron com Tom Hanks e Meg Ryan, que posteriormente viriam trabalhar juntos em “Mensagem para Você”. Ryan foi a rainha desse tipo de personagem nos anos 90, vide Harry e Sally, A Lente do amor, Surpresas do Coração e outros, e Hanks estava saindo das comédias dos anos 80 e despontando para seus principais papéis dramáticos em Filadélfia e Forrest Gump. Um grande trunfo do filme é a presença do garoto Ross Malinger que já havia atuado em vários seriados de TV, sua atuação é simples e muito carismática. Esse é um filme a ser descoberto pela nova geração, já que pouca gente vai atrás de romances mais antigos. Para quem quer um programa leve e divertido, esse filme é um prato cheio.


Recebeu 2 indicações ao Oscar, nas seguintes categorias: Melhor Roteiro Original e Melhor Canção Original ("A Wink and a Smile").


Nota: 4 SPs


Caçadores de Emoção (Point Break, 1991)


Dirigido por Kathryn Bigelow, o filme começa com um assalto a banco feito por uma gangue que usa máscaras com os rostos de ex-presidentes dos EUA. Angelo Pappas (Gary Busey) deve trabalhar com um novo parceiro, o agente Johnny Utah (Keannu Reeves). Pappas lhe fala sobre sua teoria que "Os Ex-Presidentes" são surfistas, devido à algumas provas encontradas nas cenas dos crimes. Johnny resolve se infiltrar no mundo dos surf para investigar. Ao tentar surfar sozinho, conhece Tyler (Lori Petty) e lhe pede que o ajude. Tyler lhe apresenta seus amigos liderados por Bodhi (Patrick Swayze), seu ex-namorado. Utah se apaixona por Tyler, e deve mentir à ela para seu disfarce não ser descoberto.


Em pouco tempo Bodhi se mostra um cara bacana que faz qualquer coisa por um pouco de adrenalina e Utah simpatiza com isso. Johnny se mete em uma confusão com uma gangue em uma praia e Bodhi o salva, ele resolve seguir esses caras e arma uma batida na casa deles. Depois de saber que eles não podem ser os ladrões, Utah percebe atos suspeitos da turma de Bodhi e junta algumas informações antigas e diz que eles vão assaltar um ultimo banco para financiar a próxima viagem deles.


Utah e Pappas ficam a paisana no suposto banco onde ocorreria o assalto e quando os ladrões fogem, começa a perseguição. Johnny se revela um agente do FBI, e Bodhi se aproveita de Tyler para levar vantagem sobre o agente e conseguir escapar.


Patrick Swayze está muito bem como Bodhi, vindo do sucesso estrondoso de Ghost no ano anterior, com um visual bem diferente, ele soube se desprender totalmente de Sam, seu personagem anterior. Eu acho o Keannu Reeves um péssimo ator, mas esse é um dos 3 filmes em que não consigo imaginar o protagonista sendo um outro ator, os outros são Velocidade Máxima e Matrix. O filme é um ótimo entretenimento com muitas de cenas de ação e belas cenas de surf. Precursor de vários outros filmes do gênero, inclusive Velozes e Furiosos de 2001, em que as pranchas são trocadas por carros tunados, mas o roteiro é igualzinho. James Cameron criou o argumento do filme, na época ele vivia com a diretora do filme. Caçadores de emoção é adrenalina do começo ao fim.


Nota: 5 SPs

terça-feira, 14 de julho de 2009

O Poderoso Chefão 3 (The Godfather: Part III, 1990)


O ano é 1979. Ainda na tentativa de legalizar os negócios da família, Michael faz uma doação de US$ 100 milhões para a igreja católica. Com essa ação, recebe A Ordem de San Sebastian, importante título dado pela igreja. Na festa de comemoração (afinal todos os filmes começam com uma festa), Michael reencontra Kay, que vai à seu encontro para lhe pedir para que ele deixe seu filho seguir a carreira de cantor e não de advogado, como seu pai queria. Michael recebe Joey Zasa (Joe Mantegna) que expõe sua desavença com Vincent Mancini (Andy Garcia), filho ilegítimo de Sonny (que morre no 1° filme). Vincent deixa claro que não está feliz com o jeito que Zasa fala de seu tio pelas costas e pede para que esse lhe dê uma oportunidade de trabalhar para ele. Michael resolve dar uma chance ao rapaz, que tem um temperamento explosivo igual ao pai. Mary (Sofia Coppola) está cada vez mais apaixonada por seu primo Vincent.


Michael oferece comprar a parte da igreja na empresa européia Immobiliare, assim legalizando seus negócios se tornando sócio majoritário. Intermediados por Don Altobelo (Eli Wallach ), padrinho de Connie e amigo dos Corleone, os chefes de outras famílias querem fazer parte dos negócios de Michael. Joe Zasa se mostra insatisfeito com a solução dada por Michael e faz um atentado à sua vida. Ao escapar ileso, Michael supõe que Zasa não está sozinho e teve o apoio de alguém. Enquanto o líder dos Corleone está hospitalizado, com aprovação de sua tia Connie, Vincent resolve dar um jeito em Zasa. Os membros da igreja estão enrolando Michael para fechar o negócio, e ele está furioso com isso.


Todos vão à Sicília para prestigiar Anthony, que irá cantar em uma ópera. Michael suspeita que está sendo traído por Altobelo e pede que Vincent se infiltre em sua família e diz para que ele se afaste de sua filha pois é muito perigoso, “quando vierem atrás de você, eles lhe tirarão a coisa que mais ama”. Quando um grande amigo de Michael, Don Tomasino é morto e ele fica sabendo que Don Lucchesi controla até os membros da igreja, ele toma as precauções necessárias.


Ao contrário do que muitos dizem por aí, essa terceira parte fecha a trilogia com chave de ouro. O único erro de Francis Ford Coppola foi a escolha de Sofia Coppola para interpretar a filha de Michael, mas não chega a afetar o resultado final. O filme tem cenas que extraem o máximo de seus personagens, principalmente de Pacino, como a declaração de amor à sua ex-mulher Kay, ao se despedir de seu amigo diante do caixão e a derradeira cena final nas escadarias do teatro, que tem uma das mais belas expressões artísticas de que Al Pacino é capaz. Andy Garcia incorpora um Vincent Mancini tão explosivo quanto James Caan interpretou Sonny no primeiro filme, é uma injustiça que um ator tão carismático tenha papéis secundários nos últimos tempos. Enfim, O Poderoso Chefão 3 é um grande filme que deve ser assistido e analisado como o final de uma saga, a saga da família Corleone, a melhor trilogia da história do cinema.


Recebeu 7 indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Andy Garcia), Melhor Canção ("Promise me you'll remember"), Melhor Montagem, Melhor Direção de Arte e Melhor Fotografia.


Nota: 5 SPs


O Poderoso Chefão 2 (The Godfather: Part II, 1974)


Francis Ford Coppola dirige a esplêndida seqüência do sucesso de 1972, O Poderoso Chefão, temos duas histórias que seguem paralelamente, acompanhamos a juventude de Don Vito Corleone no começo do século na Itália e sua ida aos EUA e também os negócios da família Corleone, agora comandada por Michael Corleone.


Em 1901 na Sicília, o jovem Vito Andolini vê seus pais e seu irmão mais velho serem assassinados por Don Ciccio, um poderoso mafioso local. Ele é ajudado por uns amigos de sua família e consegue fugir para os Estados Unidos. Ao chegar no país, lhe é dado o nome de Vito Corleone. Alguns anos depois, em 1917, Vito Corleone (Robert DeNiro) tem uma esposa e filho. Em sua vizinhaça, tem um italiano que se aproveita de seu próprio povo, cobrando uma taxa para que nada lhes aconteça, esse é o Don Fanucci. Vito tem um trabalho no armazém até o dia que sua vaga é dada ao sobrinho de Fanucci, sem opções, ele começa a fazer pequenos furtos com seu novo amigo, Clemenza (Bruno Kirby). Um dia, ao vender seus produtos, é extorquido por Don Fanucci e resolve acabar com o problema. Vito agora é um homem respeitado por todos e faz o que pode para ajudar sua gente. Mais tarde abre um negócio de exportação de Azeite, a Genco Exports. Depois de estabelecido e com mais 2 filhos, volta à seu país para um acerto de contas com o passado.


Em meados dos anos 50, Michael Corleone dá uma festa para celebrar a primeira comunhão de seu filho. Durante a festa, o Senador Geary tenta lhe extorquir sobre as licenças de alguns empreendimentos, porém recusa a oferta do político. Connie aparece com um novo namorado e toda revoltada, querendo dinheiro, Michael pede que ela pare com essa vida e volte para a família. Fredo é muito fraco e não consegue controlar sua esposa escandalosa durante a festa e Frankie Pentangeli quer acabar com os irmãos Rosato, mas como não é interesse de Michael, esse lhe pede que não faça nada por enquanto. Kay cobra a legalização da família que havia sido prometido há alguns anos.


Um atentado acontece à vida de Michael Corleone em sua própria casa, ele fala à Tom Hagen que a pessoa responsável é alguém próximo a ele. Michael segue ao encontro de Hyman Roth para negociar empreendimentos em Cuba e acaba aproveitando para começar suas articulações para descobrir quem foi o responsável pelo ataque. Michael vai à casa de Pentangeli e faz o mesmo. Um atentado à vida de Frankie acontece e ele pensa que Michael é o culpado.


Michael vai à Cuba ao encontro de Hyman Roth para prosseguir com seus investimentos, porém está cada vez mais convicto que Roth está por trás do atentado. Fredo fingi não conhecer Roth e seu guarda costas, Johnny Ola, mas um dia Michael descobre que seu irmão teve contato com seus oponentes e descobre quem foi o traidor. De volta aos Estados Unidos, um comitê é instaurado contra a família Corleone, porém todos que podiam depor contra Michael tem negócios pendentes com a Família. Cada vez mais paranóico, sua obsessão acaba com seu casamento e Michael toma medidas drásticas com seus inimigos.


O Poderoso Chefão 2 é considerado por muitos, melhor que o primeiro filme, na minha modesta opinião, o primeiro filme é inigualável. Foi também a 1ª. continuação a ganhar o Oscar de melhor filme, seguido apenas por “O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei”. Robert DeNiro fez testes para o filme de 1972, porém Francis Ford Coppola já sabia quem ele queria, mas como DeNiro havia lhe impressionado muito, ele participou desse filme, que lhe deu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, vê-lo atuando é um prazer indescritível, durante a projeção, ele vai criando os gestos de Marlon Brando, nos fazendo ter a sensação de que já vimos aqueles movimentos antes. Esse é o filme mais longo dos 3, porém não chega a cansar em nenhum momento, o elenco está afiadíssimo, podem reparar nas cenas em que Al Pacino fica nervoso, seu rosto treme involuntariamente, como se fosse real.


Vencedor de 6 Oscars: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Robert DeNiro), Melhor Direção de Arte, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora. Recebeu ainda outras 5 indicações: Melhor Ator (Al Pacino), Melhor Atriz Coadjuvante (Talia Shire), Melhor Ator Coadjuvante (Michael V. Gazzo e Lee Strasberg) e Melhor Figurino.


Nota: 5 SPs


O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972)


“Eu Acredito na América”... Amerigo Bonasera pede à Don Vito Corleone (Marlon Brando) que se faça justiça aos agressores de sua filha, Don Corleone aceita, mas na condição de que um dia ele irá precisar de um favor, pode ser que esse dia nunca chegue, mas se chegar espera que ele possa contar com sua ajuda... É o dia do casamento de sua filha Connie (Talia Shire), e os italianos não negam pedidos no casamento de suas filhas. Na festa Don Corleone se nega a tirar a foto de família sem a presença de Michael (Al Pacino) que ainda não chegou. Ao chegar, Michael, um herói de guerra, conta histórias sobre sua família à Kay (Diane Keaton), somos apresentados à seus irmãos Fredo (John Cazale) e Sonny (James Caan) e à Tom Hagen (Robert Duvall) o conselheiro da Família Corleone.


Johnny Fontane (Al Martino), pede que seu Padrinho dê um jeito de convencer um produtor de Hollywood à lhe dar um importante papel em um filme. Don Vito envia Hagen à Los Angeles para negociar com Jack Woltz, que se nega à ajudá-lo... medidas drásticas deverão ser tomadas.


Virgil Solozzo quer estabelecer o negócio de drogas, em reunião com a Família Corleone, Don Vito se nega à ajudá-lo com seus influentes amigo na política e polícia, embora o negócio seja rentável, não é ético. Don Corleone envia Luca Brasi, para tentar se infiltrar na família Tattaglia para conseguir informações. Tom Hagen é seqüestrado por Solozzo para enviar um recado à Família para conseguir o acordo. Don Vito Corleone é baleado e Michael, que antes não queria se envolver nos negócios da Família, se vinga dos responsáveis pelo atentado à seu pai, agora ele deve se esconder.


Na Itália, Michael conhece uma linda nativa e se casa com ela. Quando ele está prestes à se mudar de cidade, recebe a notícia que seu irmão sofreu um atentado e retorna à América. Don Vito reúne os chefões das 5 Famílias, para definir os negócios dalí pra pra frente e é definido que não haverá vingança pelos crimes cometidos. Michael reencontra Kay depois de muito tempo e já está trabalhando com seu pai. Michael agora é o chefe da Família Corleone.


Em Las Vegas, Fredo toma conta da parte da Família nos cassinos. Michael vai até lá para dar uma oferta à Moe Greene pela parte dele nos negócios, ele se nega a vender. Agora Michael Corleone não mede esforços para que os negócios da Família se proliferem.


Baseado em um livro de Mario Puzo, esta obra de Francis Ford Coppola é um marco na história do cinema, tudo é perfeito, desde à fotografia até as atuações. O filme é cercado por várias histórias, a mais famosa é que os produtores não queriam Al Pacino e Marlon Brando para os papeis de Michael e Vito Corleone, no entanto, depois da pressão de Coppola, acabaram cedendo... Existem duas edições diferentes em DVD, cada uma com um disco de extras com conteúdos diferentes.


Vencedor de 3 Oscars: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator (Marlon Brando). Recebeu ainda outras 8 indicações: Melhor Ator Coadjuvante (Al Pacino, James Caan e Robert Duvall), Melhor Som, Melhor Diretor, Melhor Trilha Sonora, Melhor Montagem e Melhor Figurino).


Nota: 5 SPs